O diretor geral do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA), Gustavo Szilagyi, visitou
ontem (02) a usina Natureza Limpa, localizada no município de Unaí,
Minas Gerais. O modelo faz parte de um projeto da TJMC Empreendimentos
especialmente concebido para realizar a conversão de Resíduos Sólidos
Urbanos em carvão ecológico, com impacto ambiental mínimo.
Simples e robusta, a usina Natureza Limpa trabalha
uma abordagem integrada de reciclagem e recuperação energética do lixo
de excelente retorno financeiro e apto a operar em qualquer parte do
mundo. A rota tecnológica Natureza Limpa representa a aplicação
industrial do método de carbonização desde sempre utilizado nos fornos
de barro do interior para a decomposição pirolítica da matéria vegetal
em ambiente de ar rarefeito.
O processo de usinagem empregado pelo projeto procede
à triagem do material reciclável e transforma o saldo orgânico em
Combustível Derivado de Resíduos por exposição a temperaturas de
carbonização - não havendo a incineração, por não existir combustão sem
oxigênio. O que acontece é a decomposição por aumento de calor
decorrente de aquecimento das paredes externas de um reator pirolítico.
Em poucas palavras, significa dizer que não há queima
no processo de conversão dos resíduos sólidos urbanos em carvão. Essa
transformação se dá por meio de decomposição em função do aumento da
temperatura do reator, gerando assim uma "queima" limpa dos resíduos.
O sistema, por outro lado, não implica aporte
suplementar de combustível externo, pois a produção de calor se
auto-alimenta de uma fração do carvão produzido in loco. Os vapores e
gases são, ademais, purificados por filtros de alta performance e passam
por um processo de liquefação por destilação, resultando em subprodutos
com valor de mercado.
Através do processo empregado pela usina, a poluição
atmosférica é praticamente inexistente, e a contaminação freática é
nula, já que os efluentes líquidos oriundos da manipulação do lixo são
recolhidos num tanque impermeável para posterior bombeamento no forno e
incorporação à massa pirolisada.
Fechando o ciclo de tratamento "rejeito zero", a
cinza – com volume de aproximadamente 3% da matéria prima inicial – é
aproveitada na produção de agregados de cimento em fábrica anexa.
A intenção da visita do gestor é conhecer melhor o
projeto e estudar a viabilidade de implantação do método no Rio Grande
do Norte. "O projeto seria muito bem vindo em nosso Estado. A iniciativa
configura-se como uma alternativa ecologicamente correta para
solucionar a problemática do tratamento e destinação final do lixo
doméstico", avalia Szilagyi.
Fonte: http://www.idema.rn.gov.br
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