domingo, 24 de março de 2013

Pesquisadora busca parceria com ADESE para execução de projeto referente a melhoria da eficiência térmica de fornos no setor ceramista

Equipe técnica da ADESE recebe Professora e Pesquisadora da UFRN Rosimeire Cavalcante para discutir parceria em projeto.

No dia 21 de março, a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Seridó (ADESE) teve a oportunidade de receber para um diálogo a professora e pesquisadora da UFRN, Rosimeire Cavalcante dos Santos, Engenheira  Florestal e Doutora em Ciência e Tecnologia da Madeira.

A professora já esteve na Agência em outra oportunidade, no momento do lançamento do projeto Melhoria da Eficiência Térmica de fornos Tipo “Caieira” utilizados pelo setor ceramista na Região Do Seridó-RN". Nesta visita, a professora veio a Agência buscar apoio logístico/pessoal para a execução de acompanhamento do projeto.

Segundo a pesquisadora, "através da Diretora da ADESE, Ione Rodrigues, quero ver a possibilidade de a ADESE apoiar financeiramente algum profissional ou pessoal, para prestar serviço de pesquisa para um determinando projeto que está sendo desenvolvido no Seridó. Com isso, não me preocuparia com o custeio dessa pessoa que irá acompanhar o projeto, um profissional comprometido, com responsabilidade e que goste do trabalho", disse.

O projeto "Melhoria da Eficiência Térmica de fornos Tipo “Caieira (...)” propõe o aumento na eficiência dos sistemas de conversão (fornos) utilizados no Nordeste, substituição (ou readequação) do fornos atuais usados pelos ceramistas, pois estes fornos queimam mais madeira (a lenha é segunda fonte de energia mais usada no RN), emitem uma quantidade de emissões superiores não permitidas e fazem uso de uma madeira com chances de esgotamento. O trabalho será desenvolvido especificamente na Região do Seridó/RN no setor ceramista, pois trata-se de um setor de grande demanda ao uso de madeiras, e irá contemplar a caracterização de espécies do semiárido nordestino utilizadas como fonte de energia na região, como Jurema, Mororó e Pereiro, e também um manejo sustentável delas.

Pesquisadora explica situação atual do projeto.
Atualmente, a pesquisadora tem procurado apoio em órgão oficiais e também participado de editais de licitações, incluindo viagens a Brasília, em busca  da viabilização e parcerias. A pesquisa trabalha em conjunto com o apoio da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), que é uma Unidade Especializada em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.


Em meio a execução do projeto surgiu,recentemente, uma problemática. Uma alteração na legislação ambiental tem preocupado os empresários do setor de cerâmica. As 186 indústrias do Estado do RN precisam se adequar às exigências estabelecidas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN), no que se refere ao monitoramento de emissões poluentes. Tais critérios são fundamentais para a liberação, ou não, de licenças ambientais.

O gargalo que se encontra, atualmente, o setor ceramista tem sido motivo de audiências públicas na Assembleia Legislativa Estadual, forçando o setor a procurar formas inovadoras para a adequação. A professora explicou que não existe nenhuma empresa no Estado que possa fazer o acompanhamento das emissões. Com isso, o setor ceramista, pressionado, tem 120 dias para cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público Estadual.

Coincidentemente o projeto contempla um forno mais sustentável que viabilizará uma redução nas emissões, comparado aos fornos atuais. Por isso, há uma certa pressa em agilizar a execução do projeto, "temos pouco tempo, especificamente um mês, para caracterizar o forno sem cobertura, seja o meu projeto ou qualquer outro, eles vão ser obrigados reestruturar o forno para aferir a medição. O próximo passo, se o forno por reprovado em relação as emissões, eles vão ter que investir em tecnologia e melhorar o sistema de modo que aquelas emissões possam ser reduzidas a níveis aceitáveis", esclareceu a pesquisadora.

Forno da Cerâmica Bela Vista, Zona Rural de Parelhas/RN. O uso de briquetes tem sido feito pelo proprietário; uso sustentável da madeira.
Entenda

O projeto será o primeiro em execução paralelo a criação e implantação da Base de Pesquisa no Seridó voltado para estudos ligados a produção de energia através da biomassa, bem como toda a cadeia que utiliza esse tipo de energia como fonte para sua produção, em especial as cerâmicas da Região do Seridó-RN.

A ADESE já acompanha o projeto desde lançamento da pesquisa no dia 20 de agosto de 201 no campus da UFRN/CERES/CAICÓ, no auditório do Departamento de Educação.  Além disso, a equipe técnica da Agência fez uma visita no dia 20 de setembro de 2012 a Cerâmica Bela Vista, Zona Rural de Parelhas/RN, para conhecer o trabalho de pesquisa da aluna de especialização em Manejo Sustentável do Semiárido/UFRN, geógrafa, Andreia Karina.

Na oportunidade, a equipe conheceu o projeto de pesquisa: Uso de briquetes como fonte alternativa de energia no setor ceramista na região do Seridó – Rio Grande do Norte, que analisa a viabilidade técnica, econômica, ambiental e qualitativamente o uso de briquetes como fonte alternativa de energia no setor ceramista. E também fotografou os fornos utilizados na cerâmica e também observou o acompanhamento do galpão com o pó de madeira usado na fabricação do briquete.

Perfil

Professora Doutora Rosemeire dos Santos, docente.ufrn.br/meirecaico,  pesquisadora da UFRN, atua nas áreas de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Energia da Biomassa, Fontes Alternativas de Energia, Propriedades da Madeira, Estudo da Eficiência na Conversão Térmica da Biomassa e Produção de Carvão Vegetal.

É professora da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), unidade especializada em Ciências agrárias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Atualmente participa de um acordo de cooperação científica entre a UFRN e a Universidade de Santiago de Compostela (USC), na Espanha.  E tem representando a EAJ com o projeto “Estudo da produção e potencial energético de espécies madeireiras e da eficiência dos fornos utilizados pelo setor ceramista na região do Seridó–RN”. 


Ivanilson Barros Júnior
Assessor Comunicação Centro de Apoio ao CBH PPA
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